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Textos noturnos e sem filtro. Uma série especial limitada de mini crônicas. |
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Caro leitor,
Lá pelo final da década de 1970, quando a folhinha se aproximava do Carnaval, havia duas espécies de operadores na Bolsa do Rio: os solteiros, desimpedidos, que podiam ir ao baile “Uma noite no Havaí”, no Iate Clube, e os casados, que eram marcados em cima por suas caras-metades.
“Nem pense em inventar viagem a São Paulo na sexta”, elas diziam.
Eu pertencia à segunda categoria. Sabia que cavalo amarrado não pasta.
Foi quando, após 13 anos de casado e 24 horas de solteiro, conheci minha nova companheira, com quem estou há 41 anos. |
Logo no primeiro Carnaval que passamos juntos, contei a ela o drama dos que não podiam se esbaldar no Iate Clube.
“E por que você não vai?”, ela perguntou. “Com seus amigos solteiros. Vou até comprar um sarongue e te dar de presente.”
Dia do baile, quase onze da noite, simplesmente desisti de ir.
“Sabe duma coisa?”, disse para a sucessora. “Assim não tem a menor graça. Só valeria a pena se fosse escondido.”
Fizemos nosso Carnaval, a dois, no apê mesmo. Até vesti o sarongue para criar mais clima.
Um abraço, |
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| | Editado por: Valter Outeiro |
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